sábado, 5 de novembro de 2011

cherry lips .

Sexta-feira . Chuva . Café . Tabaco . Amigos e amigas .

Enquanto a tua voz se dirige a mim e me diz -' baby , vou fumar um cigarro . ' Os meus olhos fitam os teus lábios por entre as luzes da ribalta , tão carnudos e finos , tão apetecidos e desejados como a tua vontade insustida ... e vais ; enrolaste a um canto e não me deixas em paz . Quero infundir-te desespero , por isso pára de tentar inverter os papéis ! Quero-te ( perto ) longe ... longe o suficiente para que os teus sentidos parem de vir na minha direcção . És uma transfusão do tipo errado de sangue , ou do tipo de sangue certo mas a circular pelo avesso ... não vejo outra explicação para me sentir tão alterada e fora do corpo !
Anda , pega nas chaves ! Já te disse que estou farta que dês boleias às pessoas ?
Entra no carro , lembrei-me da Foz ! Não sei se pelo cheiro a maresia , se pelo barulho das ondas . Terão sido os teus lábios tão carnudos e finos , ou só as luzes da ribalta ? Quero-te perto , não longe ! Sei que me queres de todas as maneiras ... Anda e pára de me infundir desespero !  Sai do teu canto ,  não invertas os papéis . Cá te espero !


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